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Mente Desconexa

é tudo muito bonitinho até o capítulo dois.

terça-feira, outubro 25, 2005
...Ele tomou noção da verdadeira importância dela num desses finais de semana nos quais não se faz nada, mas nada mesmo.
E foi então, que ao ouvir um pedaço de letra de uma musica do Gram, ele se tocou. Ela não pertencia a ele. Ela nunca fora dele. Eles nunca se pertenceram, de fato. Tudo que ele pensara era apenas mais uma grande ilusão, ou pelo menos era isso que a mente dele tentava mostrar ou aceitar no momento.
Ele senta. De cabeça baixa, ameaça um choro. "Outra ilusão, como sempre", "Eu deveria ter previsto que tudo ia acabar assim". A garganta lhe vencia a luta pra aguentar sem choro, mas como?
Essa sensação de impotência e fragilidade diante de situações como essa lhe deixavam um tanto preocupado. Mas o mais engraçado de tudo isso é que essas sensações já não lhe eram estranhas. Talvez por isso não chorar. Talvez por isso pensar um pouco melhor. Talvez.
  • terça-feira, outubro 18, 2005
    E todo aquele furor, toda aquela excitação se resumia em uma única palavra: o Gostar.

    E se gostavam muito, de fato.

    Ela, dizia o quanto ele era importante na vida dela. O quanto mudou após ele ter aparecido, o mundo, como esse mundo mudou após a sua "presença". Ela costumava falar que não era muito de eu te amos e adoro-tes, mas com ele era diferente.

    Ele, dizia como ela tinha feito a vida dele ficar melhor ao ver aquele sorriso. O quanto o alegrava saber que, todos os dias ele veria, aquele sorriso lindo e cativante, de um jeito ou de outro. Ele era só sentimentalidade, aquele sentimento que corroía-lhe o peito ia além. Começava a acreditar que sentia isso por alguém real, e não mais por seres absortos de sentimentos para com ele.

    Sentimentalidades recíprocas, era o que sentiam um pelo outro. Um adorar, tão grande que chegava a pulsar o peito. A simples troca de palavras era o suficiente para que sentissem-se melindrados diante de tamanho gostar, tamanho adorar.

    Mas tanto sentimento fazia com que ela ficasse com medo. Não sabia o quanto se gostavam, ou se esse gostar era realmente aquilo que se mostrava ser. Tinha medo de que toda aquela história, todo aquele romance que começara de forma tão inusitada não terminasse de uma forma abrupta.

    A insegurança, sim, essa tomava conta do ambiente, em certos momentos de ausência.

    A incerteza, talvez.Talvez essa incerteza não seja um mau sinal. Talvez seja até bom. Talvez.

    Mas ela espera que tudo isso não seja só mais um sonho agradável.
  • segunda-feira, outubro 17, 2005
    Às vezes rola um medo imenso de que tudo isso seja apenas mais um grande fake.

    E isso me assusta.
  • sexta-feira, outubro 14, 2005
    Se o Zé Pequeno tivesse assessoria do Don Corleone, a história seria outra.

    Sério isso. Zé Pequeno pode até ter sido um grande empreendedor, levou bem ao pé da letra algumas regras do capitalismo, mas faltou-lhe a elegância que só os grandes administradores têm. Faltou-lhe também um tanto de capacidade de negociação. Capacidade essa que o Bené tinha, mas não explorava muito já que a dele não era fazer o negócio crescer, e sim fazer amigos (o que de certa forma é imprescindível pra quem quer almejar sucesso, respeito e honra).

    Com a mão administradora de Don Corleone, provavelmente haveria toda uma organização para com a comercialização de entorpecentes no morro. A hierarquia seria melhor dividida, com Bené e Zé Pequeno dividindo suas forças em Caporegimes, e estes então aliariam os meninos do caixa baixa pra fazerem o "serviço pesado" no morro.

    Assim sendo, a dominação das bocas não se daria de forma tão sangrenta e com tantas mortes desnecessárias como as que aconteceram. Zé Pequeno iria coagir os gerentes de boca que não estivessem aliados a ele, os subornariam e dariam as melhores comissões para estes. Logo, o Cenoura manteria seu pedaço, mas sem ameaçar de forma concreta a força de Zé Pequeno.

    Talvez até nem houvesse a guerra de quadrilhas, com o massacre da família do Mané Galinha, e este então nem na história entraria. Bem capaz dele conseguir uma vaga numa academia e ter virado um bom professor de Karate.

    Bené ia ter tempo de sobra pra ser o playboy que começou a ser (antes do fim trágico) e se aliaria à ala rica do Rio de Janeiro, usando da favela como arma pra se auto promover fazendo o marketing da venda de entorpecentes junto à Cidade de Deus.

    Don Corleone no meio disso tudo não entraria como pessoa de influência direta. Ele mandaria intermediários (Tessio ou Clemenza, recebendo ordens de Hagen), para agilizar o processo de perto. Com toda a qualidade e visão dele, a certeza é a de que Corleone suplantaria a hierarquia antiga e faria com que todo o comércio se tornasse algo extremamente lucrativo e de fácil controle, por parte dele.

    Com certeza o Rio de Janeiro teria outra cara.
  • terça-feira, outubro 11, 2005
    Pode me chamar de piegas. Não me importo.

    Mas você ter o seu dia mais feliz só de lembrar do sorriso de alguém, é muito bom.

    Surpreender-se a cada dia com as surpresas que a vida te prega. E de repente notar tantas similaridades entre sorrisos e risadas cativantes.

    E essa surpresas vão servindo de combustível, né.

    Vida boa essa.
  • Desatino

    segunda-feira, outubro 10, 2005
    Adoro falar de paixonites e efervescências amorísticas.


    Ainda que refreado pela violência das palavras apaixonantes, gosto de me deixar levar por oratórias melodramáticas desses devaneios ilusórios.


    Palavras apaixonantes são assim, do nada, escritas sem pensar.


    Palavras apaixonantes soam desconexas. E qual amor é preciso e linear?


  • Coisa Mais Linda

    domingo, outubro 09, 2005
    Coisa mais bonita é você, assim
    Justinho você, eu juro
    Eu não sei por que você
    Você é mais bonita que a flor
    Quem dera a primavera da flor
    Tivesse todo esse aroma de beleza
    Que é o amor
    Perfumando a natureza numa forma de mulher

    Porque tão linda assim
    Não existe a flor
    Nem mesmo a cor não existe
    E o amor
    Nem mesmo o amor existe

    E eu fico um pouco triste
    Um pouco sem saber
    Se é tão lindo o amor
    Que eu tenho por você

    (Vinícius de Moraes)
  • sábado, outubro 08, 2005
    Tudo pra ele era muito normal.

    Lidar com tudo aquilo, para ele, não passava do trivial. Mas existiam pessoas que se importavam com isso. Por mais simples e banais que fossem as suas atitudes, elas refletiam nessas pessoas de uma forma que havia uma admiração e um amor silencioso que pairava no coração delas.

    Ele continuava achando tudo muito comum, pois por motivos próprios mantinha essa linha de respeito que divergia do "comum tratamento" de muitos. Ele não achava essa qualidade algo que fizesse dele um ser excepcional, como percebera com o tempo que passava. Mas alguns corações ao redor explodiam em ternura ao vê-lo por perto.

    Ele nunca tinha ligado muito para o seu comportamento até que o viessem dizer, com todas as letras, "mas você é o único que repara desse jeito em mim"... E isso pra ele era algo muito novo, um tanto misterioso.

    Não conseguira decifrar até então o que fazia de tão especial. Até porque sua conduta era a que ele pensava ser a que todos deviam fazer, mas que com o tempo ninguém mais fazia.

    "Mas porque eu seria especial?", perguntava ele pra si mesmo todos os dias.
    A resposta veio parafraseada de um grande autor de tempos atrás:
    "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas."

    E então ele percebeu.
  • Minha dupla tem que ser...

    sexta-feira, outubro 07, 2005

    Se for perfeita, vai ser bem chato.

    Pra ser um par legal tem que ser pelo menos uma das opções abaixo:

    a) morena com os cabelos que balançam lindamente;
    b) ruiva de channel
    c) gostar de filmes bestas;
    d) amante do The Mars Volta;
    e) amante de um almoço bem feito (por mim, claro)
    f) NDA, porque mesmo não sendo nada acima ela ainda pode me fazer amá-la tanto que meu peito venha ocasionalmente a doer como em doença.

  • E o tempo passa voando, vejam só.

    sábado, outubro 01, 2005
    Num instante tinha-se a visão de uma cidade muito bonita, três minutos depois o que se vê é a realidade.
    Insólita realidade, essa.
    Homens que roubam pra ter o que comer, homens que comem e roubam, pessoas que pedem esmola em baixo de uma marquise qualquer, sem ter o que comer, sem ter onde morar.
    O encontro com pessoas que não víamos há tempos. Mulheres que atiçam nossa memória e confortam o nosso ser. Pessoas das quais guardamos um apreço enorme mas que fazia tempo não estavam perto de nós.
    E aquilo que parecia muito bom aos nossos olhos, naquele momento, pode vir a se tornar ruim num piscar de olhos.

    Nós não controlamos o minuto seguinte.
    Nós não sabemos o quanto mudamos,
    ou o quanto morremos,
    em apenas 60 segundos.

    Apenas, vivemos.